28 de abr. de 2010

caos maneiro

Por vezes, cultivo manhãs de caos maneiro em períodos férteis de estações maduras, com paladares matreiros entressafo os descarregos dos cheiros nas vias que mais respiro.
Tento conservar existências, entre apagões e memórias frescas, na densidade das décadas. Cenários de surpresas me interessam (depende), inexisto ao lado da conservação da espécie, ao alcance das mãos, apalpo com a imaginação, nuvens de algodão -
Gosto da voz de alguns e nenhuns sons juntos, sussurros mudos, por entre paisagens sonoras das cidades - entranham-me ruídos de carros, cantos de esquina ao canto dos primeiros pássaros, sons dos prados orvalhados sob chuva às vezes me entediam - outras me encantam.
A equação da essência do sonhar e do não acordar sem dormir é uma arte - Quatro luas chegam e partem, passam seus ciclos solitárias sob religares siderais. Curto o zunido ofuscante das atmosferas inesquecíveis. E claro, o estrilar dos grilos. Nada mais.

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