25 de abr. de 2010

um ano breve de nós

Desbota outro pelo branco íntimo, sinal dos tempos-a luz crua desenforma, mostra o que degenera.
A névoa desfoca a nudez da pele, cobre-lhe o sexo, sem esquecer da alvura da face, da boca rubra que embaça a doçura.
Dezembram expectativas expectrais, atravessa mais um ano novo, dá nojo, ficar à margem breve de nós, ficar a sós. Não quero recordar nem conhecer me.
Peito mais frágil, alma mais trágica, sonho sem cor, espaço sem voz, sem razão sem nós.
Finda o sol, chega o ocaso, (há tempos não durmo bem). Talvez outra vez te reveja com o coração menos taciturno, e a alma mais próxima. Períodos insuportáveis, e nada mais além.

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