9 de mai. de 2010

abandonos clássicos

Dá-se um tempo para medos e abandonos clássicos
cabreiragem de isolamento & desassossegos diários,
(serenidade e desespero) mixam-se quando ficam debaixo às
sombras das almas, no escuro detrás das pálpebras

vem comigo num passo largo, num lapso para descartar o pouco
caso, ilusão a pino. Dobra-se a dose, dá-se um tempo mínimo
A lua dançou para nos seduzir e impressionar,
como a pétala não pose esconder sua cor

Surpresas se precipitam como tragédias de ponta, se insisto
no indistinto, tento improvisos ambíguos. Lábios orfãos se
apegam aos silêncios vivos. Sou do tamanho do que sinto.

Opero semelhanças: lagartos e musgos, pedregulhos e besouros,
nuvens e esculturas, espelhos e lagos, árvores imponente e edifícios,
mortes e dias cinzentos.
Ainda que a verdade nos escape, desaparecer não é para qualquer um.

2 comentários:

  1. é lindo o que sobre a pétala, eu dor. E você no sobe e desce das emoções, eu rio e você nunca. Esse poema é lindo.

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