9 de mai. de 2010

tem anos que são os últimos

tem dias que chove muito
tem anos que são os últimos,
daqui frases imperfeitas desnudam,
não entram numas comigo,
no estribilho da dúvida
despeço a dor única
e que o eterno dure incógnito.


Ao som dos estampidos infecundos:
(longínquo em sonoridade sutil)
traduz-se um resto de grito meu
que chega em silêncio num outro eu


com a intenção de abrir percepções nuas,
onde atua o ofício dos sacrifícios, sendas
e transcendências.


Mas arruaço com o ego rasurado, provoco
à meia ou nenhuma luz tentações bruscas.
Embaço duro na ótica subjetiva. Trapaceio
o labirinto, mas não entro.

Um comentário:

  1. Fernando, se você me desse um soco, ia doer menos. Caramba onde é que tudo isso começou? e onde é que tudo isso termina? Será que termina? Belissimo, lindo. Não sei o que dizer só sei que dói.

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