Saio bipartido daqui, liberto em duplo, à revelia dos nadas e dos dissabores, das esperanças e das despedidas, ao rumo das ruínas e reformas das efemeridades.
Beira de restos, no fim do sim e no começo do não, cravo os dentes nas desiluisões que nos entram como invasoras de corpos. Como se soterram grãos na terra seca e dura - Assim mesmo, sou outro e sou alguém, loucuras inalienáveis.
Ao bailado descontinuo da diminuta morte me encontro. não posso abrir teus olhos, cafés envelhecem cedo sobre a desdits dura mesa, noites sem amanhecer, "insana é a sede de viver"
Ainda procuro sinais, sinas e brilhos perdidos. Evoco você nos meus sonhos, teus versos tento rever, uma conquista que anseio e espero com esperança, ver a claridade calma na tua face. Lugares dos halos. Agora sou saudade.
Trocar o joelho
Há 4 dias
lindo, lindo...
ResponderExcluirestes é o Fernando Martinez! abração
ResponderExcluir"Como se soterram grãos na terra seca e dura."
ResponderExcluirGrãos devem ser bipartidos para que o novo possa nascer. A esperança vem exatamente da morte do grão e da abertura da semente para novos horizontes. Aquilo que parece morte também é renascimento.
Adorei sua poesias. Também estou muito bipartida no momento talvez por isto li cada verso como se tivessem sido escrito por mim para representar minha realidade.
Mas sei que apesar dos pesares devemos ir em frente e esgotar toda a nossa força para uma nova vida.
Abraço
angel
muito obrigado pelo comentário inteligente e perspicaz.
ResponderExcluirfernando martinez